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Pernambucanos acusam STJD de discriminação em julgamento

Advogados presentes ao tribunal afirmam que há diferença de tratamento em relação a clubes de Sul e Sudeste

Exaltado, Joaquim Barreto lembrou do gesto feito por Andre Luis para os torcedores do Timbu

O Sport conquistou a Copa do Brasil, mas nem tudo foi alegria para os pernambucanos. Após o julgamento da confusão na partida entre Náutico e Botafogo, os representantes de Pernambuco se mostraram extremamente revoltados. Advogados de Náutico e Federação Pernambucana de Futebol (FPF) deixaram o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) convencidos de que houve preconceito dos auditores na decisão.

Logo após o veredicto, Jaime Asfora, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco, pediu a palavra e expressou sua indignação com a punição sofrida por Náutico e FPF.

- Já haviam me relatado sobre como as coisas aconteciam aqui no STJD, e hoje isso ficou comprovado. Houve uma conduta tendenciosa e parcial.

Joaquim Barreto, advogado da FPF mostrou-se exaltado ao fazer sua defesa diante dos auditores. Ele também disse ver preconceito no tratamento da Justiça Desportiva com os clubes do Nordeste, provocando irritação de Marco Antônio Couto, presidente da Terceira Comissão Disciplinar do STJD.

- Aqui não há bairrismo! - chegou a berrar.

Segundo o advogado da Federação, a procuradoria errou ao não denunciar Bebeto de Freitas, presidente do Botafogo, e disse que a confusão somente aconteceu por causa da conduta de Andre Luis ao ser suspenso.

- Ao mostrar os dedos médios para a arquibancada dos Aflitos, ele fez o gesto para Pernambuco e para o Brasil.

O Náutico foi punido com multa que totalizou R$ 40 mil. Além disso, terá a interdição do Estádio dos Aflitos mantida até uma próxima inspeção. O clube ainda pegou dois jogos de gancho após a liberação de seu estádio. Já a FPF foi multada em R$ 2 mil.